Até 5 de Outubro de 1910 Portugal foi governado por reis, isto é, era uma monarquia. Mas uma grande parte da população estava descontente. Na verdade não lhe faltavam razões:
Ø Havia muita pobreza, desemprego e os preços dos produtos aumentavam constantemente (inflação);
Ø O país mantinha-se predominantemente agrícola e pouco industrializado;
Ø A dívida do Estado ao estrangeiro era uma dor de cabeça para as Finanças Públicas;
Ø A maioria da população era analfabeta.
Para agravar a crise económica e social, em 1890, o rei e o seu governo foram obrigados a tomar uma decisão difícil…
Portugal apresentou às nações europeias um mapa de África em que se propunha ficar com todos os territórios entre Angola e Moçambique – o mapa cor-de-rosa. Os Ingleses, que desejavam unir o Norte ao Sul desse continente sob a sua administração e controlo, não gostaram nada desta intenção lusitana. Enviaram um ultimato, isto é, uma última ordem, que obrigava o governo português a desistir de ocupar os territórios assinalados no mapa cor-de-rosa sob pena de atacarem o território português. Perante a ameaça inglesa o rei D. Carlos cedeu mas o povo não lhe perdoou.
O Partido Republicano aproveitou este descontentamento para fazer uma campanha contra a monarquia e a favor das ideias republicanas.
Em 31 de Janeiro de 1891, no Porto, os republicanos, apoiados por duas organizações secretas (a Maçonaria e a Carbonária), realizaram a primeira ameaça ao regime monárquico. Esta tentativa falhada levou o rei a chamar para a chefia do governo João Franco, que passou a dirigir o país de forma ditatorial. A dureza das medidas radicalizou a oposição à monarquia e em 1908 o rei e o príncipe regente (D. Luís), foram assassinados (regicídio).
D. Manuel II substituiu o seu pai, mas apenas por dois anos, tendo sido deposto pelos republicanos em 5 de Outubro de 1910.
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